segunda-feira, 24 de agosto de 2020

HISTORIANDO - 9

Com a fuga da Corte portuguesa para o Brasil, na sequência da invasão das tropas napoleónicas, derrotadas com o auxílio dos ingleses, Portugal encontrava-se numa situação de colónia e protetorado britânico. Para agravar a situação, a crise económica nas cidades de Lisboa e Porto crescia por causa do Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas que garantia privilégios alfandegários aos produtos britânicos nas alfândegas portuguesas. Por tudo isso, no dia 24 de agosto de 1820 deflagrou a Revolução Liberal do Porto, em Portugal, com o apoio de quase todas as camadas sociais. 
Reivindicava a convocação das Cortes para a elaboração de uma Constituição para o país, a defesa da autoridade régia e dos direitos dos portugueses; exigia o regresso do Rei D. João VI e do príncipe herdeiro, D. Pedro, a Portugal e a recuperação da exclusividade do comércio com o Brasil.  Como resultado desta Revolução do Porto, em 1821, entrou em vigor uma Constituição provisória e, no mesmo ano, a Corte que estava no Brasil regressou a Portugal. Apenas, D. Pedro se recusou a regressar, que permaneceu no Brasil como Príncipe Regente. Pressionado pelas Cortes a regressar, D. Pedro proclamou a independência deste território no dia 7 de setembro de 1822, proferindo a expressão “Independência ou Morte”, conhecida pelo Grito do Ipiranga. A 1.ª Constituição Portuguesa foi, jurada a 23 de setembro de 1822.

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